quarta-feira, 16 de junho de 2010

A Importância da Arquitectura Barroca no Norte de Portugal

O norte de Portugal tem uma grande riqueza histórica devido ao facto do primeiro rei, D. Afonso Henriques, ter nascido nesta zona e ao facto de a cidade de Guimarães ser a zona onde conquistou a independência portuguesa em relação ao Reino de Leão.



Daí a grande importância do Brasão na arquitectura que, na maioria das vezes, se encontra nas Igrejas e Mosteiros, mas também em solares de famílias nobres do norte.
Estas obras magníficas são construídas com pedra de granito, pois no norte aparecem em abundância nas imensas pedreiras existentes.
A talha dourada também é um dos principais e fortes factores desta zona, uma riqueza de origem nacional. É uma técnica escultórica em que a madeira é esculpida e, posteriormente, revestem-na por uma película de ouro. A talha destaca não só o facto de ser toda revestida de ouro, mas também pelo seu jogo de volumes e formas dinâmicas, a decoração aparatosa e fantástica como a que prevaleceu nas oficinas de Braga. A talha dourada foi também aplicada em imobiliários, coches e bibliotecas. Torna-se num dos principais cunhos na arquitectura barroca do norte porque, desde o século VIII a.C., já se trabalha o ouro e estabelecem relações com o norte da Europa que ajuda, assim, nas formas e na tecnologia.
Outro factor importante é o azulejo, onde as cenas pintadas transmitem ao espectador uma representação teatral. Ao azulejo barroco dá-se o nome de Cartela em que os cantos são decorados por enrolados ou por decorações vegetais, sendo uma técnica que serve de moldura. O azulejo barroco inspira-se no modelo holandês, em que as cores azul e branco são predominantes, e passam a constituir a expressão cromática exclusiva.
O azulejo barroco tem três funções básicas, sendo a primeira simplesmente decorativa e concentra os espaços por meio de uma repetição quando não figurativa; a segunda, juntamente narrativa e decorativa para ampliar os espaços em cenas perspectivadas em trompe l’oeil que é um jogo de sedução e de confusão para atrair a curiosidade do espectador; por último, temos comum às duas anteriores, a apelativa que se destina a seduzir os espectadores, convencendo-o e dominando-o pelos efeitos ilusionísticos do cromatismo e da luminosidade que imprimia aos ambientes.

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